Jonathan Edwards nasceu em 1703 em Windsor
Connecticut. Ele era o único filho homem entre dez filhas, seu pai, Timothy
Edwards era pastor, e sua mãe, Esther Stoddard era filha de Solomon Stoddard, um
famoso reverendo da época.
Solomon Stoddard, avô de Edwards,
era um Puritano em todo significado da palavra, foi o líder espiritual da cidade
de Northampton, Massachusetts por 57 anos.
Dois anos antes de sua morte, seu
neto Jonathan Edwards subiu de pastor assistente para pastor.
Jonathan Edwards aprendeu muito
com o avô principalmente a importância de trabalhar duro e estudar bastante.
Ainda bem novo, Edwards aprendeu a escrever. O pai dele lhe ensinou o latim e
outros idiomas como grego e hebraico. Aos seis anos de idade ele já conseguia
conjugar os verbos em latim.
O domínio destes idiomas lhe
ajudaria depois a ser um perito em estudos da Bíblia Sagrada e um mensageiro
poderoso da Palavra de Deus.
Aos 13 anos de idade, Jonathan
Edwards entrou na Faculdade de Yale, e lá estudou teologia. E como aquele garoto
amava estudar. Ele freqüentemente passava 14 horas por dia estudando sobre a
Palavra de Deus.
Em 1720, Edwards se formou em
Yale, como o primeiro de sua classe. E começou cedo na carreira pastoral.
Edwards lutou para resgatar o significado de verdadeira revivificação
cristã.
Sua geração foi a segunda geração
dos Puritanos. A primeira geração tinha trabalhado duro e sido muito diligente
para semear a semente do evangelho e fazer da América um lugar no alto da
Colina, onde fossem resgatadas muitas vidas para o Senhor.
Mas agora, a segunda geração tinha
perdido muito seu desejo espiritual. Eles tinham perdido a vontade e o zelo
necessários para continuar a expansão do reino de Deus.
Assim Edwards começou uma de suas
séries de sermões, com muita oração para acordar a congregação sonolenta que
tinha se envolvido demais com seus próprios negócios e suas próprias vidas,
deixando em segundo lugar a vontade de Deus, se preocupando mais com sua vida
cotidiana do que com Cristo e seu reino. Em 1731, Edwards pregou a mensagem: "
Deus se glorificou na dependência do homem.'' Nisto, ele atacou o liberal
argumento, que pecado somente era uma condição de ignorância. Ele acreditava que
o pecado humano
era uma
inimizade inerente contra Deus e que a salvação significava uma mudança de
coração.
Esta mensagem desafiou os cristãos
a procurarem em seus corações seus mais íntimos pecados e se arrepender de cada
um deles. Sem dúvida Edwards foi um grande homem de Deus que muito colaborou,
direta e indiretamente, para o reavivamento bíblico, e para que hoje eu e você
possamos conhecer a Palavras de Deus e seu significado. Contudo, em nenhuma área Edwards
foi mais bem sucedido do que em seu papel como pai. Edwards e sua esposa Sarah
tiveram onze filhos. Apesar de um horário de trabalho rigoroso que incluía
acordar às 4:30 da manhã ler e escrever em sua biblioteca, viagens extensas, e
reuniões administrativas infinitas, ele fazia questão de dedicar muito de seu
tempo aos seus
filhos.
Apesar de sua vida agitada,
Edwards se comprometeu a passar pelo menos uma hora por dia com eles,
principalmente lhes ensinando princípios cristãos.
E se ele perdesse um dia porque
estava viajando, acumularia essas horas e as passaria com os filhos quando
voltasse.
Sem dúvida Edwards deixou um
importante legado aos seus filhos, assim como seu avô havia deixado para seu
pai, e seu pai deixará para ele.
O dicionário Aurélio nos diz que
legado é um valor previamente determinado, ou objetos previamente individuados,
que alguém deixa a outrem. E o principal legado que Edwards deixou a seus filhos
foram seus princípios cristãos.
Recentemente, o estudante Benjamim
B. Warfield de Princeton encontrou, depois de muitas pesquisas, 1.394
descendentes conhecidos de Edwards. E nessa pesquisa podemos constatar o
maravilhoso legado que Edwards deixou aos seus descendentes através de sua vida
cristã. Dos 1.394 descendentes de Edwards:
3 se tornaram presidentes de
universidades,
3 senadores dos Estados
Unidos
30 juizes
100 advogados
60 médicos
65 professores de
universidades
75 oficiais de exército e
marinha
100 pregadores e
missionários
60 escritores de
destaque
1 vice-presidente dos Estados
Unidos
80 altos funcionários
públicos,
250 formados em universidades,
entre eles governadores de Estados e diplomatas enviados a outros
países.
Os descendentes de Jonathan
Edwards não custaram ao Estado um dólar. Por outro lado, Benjamim B.
Warfield também pesquisou a vida de Max Jukes, um famoso ateu,
contemporâneo a Edwards, o qual freqüentemente atacava os discursos, a ideologia
e as pregações de Edwards. Max Jukes, o ateu, viveu uma vida ímpia, casou-se com
uma jovem ímpia, e também deixou um legado para seus descendentes, da
descendência dessa união entre Jukes e sua esposa, pesquisada por Benjamim,
constatou-se que de todos seus descendentes encontrados: 310 morreram como
indigentes.
150 foram criminosos, sendo 78
assassinos
100 eram alcoólatras
Mais da metade das mulheres,
prostitutas
Os 540 descendentes de Jukes
custaram ao Estado 1.250.000 dólares.
A história de Jonathan Edwards é
um exemplo do que alguns sociólogos chamam a "regra das cinco gerações." Como um
pai cria seus filhos e o amor que eles dão, os valores que ensinam, o ambiente
emocional que oferecem, a educação que provêem, não só influencia seus filhos,
mas as quatro gerações seguintes. Em outras palavras, o que os pais fazem pelos
seus filhos permanecerá pelas próximas cinco gerações.
O exemplo de Jonathan Edwards nos
mostra a importância de deixarmos esse legado cristão aos nossos
filhos.
Mas a teoria das cinco gerações
trabalha de ambos os modos. Se não nos esforçarmos para sermos bons pais e
transmitirmos princípios cristãos, nossa negligência pode infestar gerações.
Considere o caso de Max Jukes.
Max Jukes teve problemas com a bebida, que o
impediu de manter um trabalho fixo. Também o impediu de demonstrar
muita preocupação pela esposa e os filhos.
Claro que isto não significa que
as pessoas simplesmente são um produto direto de seus pais, ou que seu futuro
está determinado pela sua descendência.
Houve muitos que descenderam de
homens como Jukes e superaram grandes obstáculos para ter sucesso. Outros só
vieram de casas amorosas como Edwards e causaram grandes problemas. Mas estas
são as exceções, não a regra.
As histórias de Jonathan
Edwards e Max Jukes oferecem lições poderosas sobre o legado que nós
deixaremos como pais. Daqui a cinco gerações é bem provável que as nossas
realizações profissionais serão esquecidas. Na realidade, nossos descendentes
podem pouco saber sobre nós ou nossas vidas. Mas o modo como somos pais hoje e
princípios que transmitimos afetarão diretamente não só nossos filhos, mas
também nossos netos, bisnetos e as gerações que se seguem.
Como dizia Edwards: Deus fez
todas as coisas com um propósito, e Deus também tem um propósito para todos nós,
Nenhum homem vive em vão, todos nós deixaremos um
legado. Qual será
o seu?
"Bem-aventurado o
homem que teme ao Senhor, que em seus mandamentos tem grande
prazer... Sua descendência será poderosa na terra; a geração dos justos será
abençoada". (Salmos
112.1-2)